10 de dezembro de 2014

Pollyanna e eu...eu e Pollyanna!



Estou numa fase MAXIPOLLYANNA adaptada. Explico: ela acreditava no melhor da vida e das pessoas; eu acredito no melhor da vida e no que de melhor posso extrair de mim, para a minha vida e, consequentemente, das pessoas, especialmente as mais próximas. 

A personagem "Pollyanna Whittier" (da escritora Eleanor Porter) é, por muitos, criticada por sua tendência em enxergar o mundo, situações e emoções de forma ingênua e inconsequente. Escolho a parcela extremamente positiva dela, que demonstra um amor que sensibiliza, através de sua bondade e pureza de sentimentos capaz de transformar seu mundo.

Como já comentei em textos anteriores, só o nosso próprio mundo podemos mudar.

E Pollyanna com o seu jogo do contente tem sido minha companheira.Tenho exercitado o meu olhar. Não é tão simples, mas é possível tentar antes de reclamar. Afinal de contas é um jogo que ninguém perde, mas aprende a ver/extrair o lado bom de todas as coisas, mesmo as inimagináveis... 





Sobre o jogo do contente:

"- Como é que se joga? – quis saber Nancy.- Não entendo muito de jogos. Pollyanna sorriu e depois de um suspiro, disse:
- Tudo começou por causa de umas muletas que vieram na caixa de donativos para o missionário.
- Muletas? – admirou-se Nancy.
- Isso mesmo. Eu tinha pedido uma boneca a papai e, quando a caixa chegou, só havia um par de muletas para criança. Foi assim que começou.
- E onde é que está o jogo?
- Bem, o jogo se resume em encontrar alegria, sejá lá no que for – concluiu Pollyanna, séria. – Começamos com as muletinhas.
- E onde está a alegria? – estranhou Nancy. – Encontrar muletas em lugar de bonecas?
- É isso aí – e a menina bateu palmas de contente. – No começo também não entendi. Depois, com calma, papai me explicou tudo.
- Então, explique-me também.
- Fiquei alegre justamente porque não precisava de muletas – esclareceu Pollyanna. – Viu como é fácil?
- Ora, isso é bobagem! -exclamou Nancy
- Nada de bobagem. O jogo é lindo. Desde aquele dia, quando acontece alguma coisa ruim,
mais engraçada fica o jogo. Difícil foi quando papai morreu e eu fiquei sozinha com as senhoras da ‘Auxiliadora’…
- E quando viu aquele quartinho feio, sem tapetes, sem quadros, sem graça? Como foi? – perguntou Nancy.

- Foi duro. Eu me senti tão só! Naquela hora não tive vontade de ‘jogar’. Só me lembrava do que eu tanto havia desejado. Depois, lembrei-me do espelho e das minhas sardas e fiquei alegre. E o ‘quadro’ da janela me deixou mais contente ainda. Com um pouco de esforço, conseguimos gostar do que encontramos e esquecer o que queríamos achar”.

Gratidão por seu jogo,  Pollyanna! (Valeu, Eleanor Porter!). Tenho exercitado dia após dia.

Ontem estava esperando uma pessoa muito amada, sentada no hall de entrada de uma sala de infusão (quimio), durante horas (precisamente 05h), a moça da limpeza, que várias vezes, passou por mim disse:

- "Ruim esperar, né?"
Sorri e respondi em pensamento: - "Ruim mesmo é estar do lado de dentro desta porta".

Ali fora, continuei aguardando com muito, muito amor...


Muita paz,

Aline Caldas
10/12/2014

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