27 de março de 2011

Qualidade Interior

"As pessoas não conhecem a própria felicidade, mas a dos outros não lhes escapa nunca." ( Pierre Daninos)

Ouvi esta frase em uma palestra que assisti recentemente, percebi um burburinho entre os presentes e isso me chamou atenção. Creio que o movimento feito foi em concordância, como que um despertar: “Ué, não é que é verdade?”
Envolvidos com a felicidade do(s) outro(s) não cuidamos, muitas vezes, de ver e vivenciar a que está tão perto, próxima, tão nossa. Hoje reconheço, com menos pesar, que as dificuldades encontradas no caminho são oportunidades de crescimento, desafios nos setores em que mais preciso melhorar. Assim sendo, a felicidade não pode ser conquistada fora de mim, afinal de contas ser feliz é uma decisão! Decidir: Determinar o que deve ser feito. Tomar a resolução de; escolher; optar.
No livro A ARTE DA FELICIDADE, que é um registro das conversas do autor, Dr. Howard Cutler com Dalai-Lama, há um diálogo entre eles que diz:
_ “Será que a felicidade é um objetivo razoável para a maioria de nós?” – questionou Dr. Howard.
Dalai-Lama respondeu: “É. Para mim, a felicidade pode ser alcançada através do treinamento da mente. Quando falo em "treinar a mente" neste contexto, não estou me referindo à "mente" apenas como a capacidade cognitiva da pessoa ou seu intelecto. (...) Por meio de uma certa disciplina interior, podemos sofrer uma transformação da nossa atitude, de todo o nosso modo de encarar e abordar a vida. (...) Quando falamos dessa disciplina interior, é claro que ela pode envolver muitos aspectos, muitos métodos. Mas em geral começa-se identificando aqueles fatores que levam à felicidade e aqueles que levam ao sofrimento. Depois desse estágio, passa- se gradativamente a eliminar os que levam ao sofrimento e a cultivar os que conduzem à felicidade. É esse o caminho.”

 Pensar, dizer, fazer: que tal esse compromisso para o dia a dia ? A cada amanhecer cultivar bons pensamentos, escancarar as portas da percepção, aprimorar nossa sensibilidade, ajustar os desajustes, correr atrás de bons resultados, agradecer a oportunidade da luta, da busca, do encontro. 
 Ao deixarmos de procurar lá fora o que se encontra dentro de nós mesmos, iremos adquirir a capacidade de transformar o que desejarmos de acordo com nossas próprias escolhas. Identificar, perscrutar o que me (te) faz feliz...para continuar a ser. Sigamos em frente!
Abraço fraterno,

Aline Caldas

19 de março de 2011

Vivendo e aprendendo a jogar!

Uma coisa é o conhecimento que adquirimos através dos estudos, leituras, debates. Outra coisa é vivenciar, na prática, a teoria.
Alguém disse que seria fácil? Não, claro que não!
Mas ouvi dizer que seria (é) possível.
Atraímos situações, em nossas vidas, que nos colocam a prova de nós mesmos.
Alguns testes são simples, outros nos fazem “quebrar” a cabeça.
Seria a vida um jogo?
Em flash veio agora, a lembrança de meu filho, ainda pequeno, jogando Super Mario Bros. Quanta agilidade em suas mãos ao manipular os controles sem tirar os olhos da telinha. Concentrado, ele cumpria as tarefas de uma fase para conseguir a chave que daria acesso ao próximo nível. A cada etapa cumprida, vibrava e ganhava um bônus para avançar mais e mais. Durante o caminho, vencia armadilhas, obstáculos, passagens secretas e distrações.
Viajo nas idéias e traço um paralelo com a vida real. Assim como numa partida de game, nossa vida tem regras a serem cumpridas, resgates a serem feitos (nem sempre de príncipes ou princesas), visitas a castelos ou casas-fantasmas. É preciso encarar os labirintos e compreender que podemos até mesmo nos perder por caminhos que nos levam de volta para o mesmo lugar, o ponto de partida.  Momento em que se faz necessário pressionar as teclas que nos movem para frente (e para trás) ao ajustar os passos, quando desviamos, através de nossas decisões, das pedras e espinhos.
Diante do jogo da “Super Aline Bros.”, avalio o  melhor modo de avançar, ganhar pontos extras e bônus. Ao transpor as fases, verifico que muitas delas exigem de mim mais humildade, paciência e persistência para serem cumpridas. Com a ajuda dos verdadeiros amigos, noto que a “aparente complicação” faz com o que o jogo seja interessante e desafiador. Evidente que tem momentos que penso e digo: " Aaaaaaaaah, não quero mais, chega!". Mas isso não faz com que o jogo pare, os segundos continuam pulsando em seu ritmo. A vida segue, o jogo também.
Como não dá para “perder a vida”, da maneira que acontece no game do Super Mario, o negócio  é respeitar o tempo, sempre tão precioso. Tenho que otimizá-lo e conquistar cada etapa proposta, ciente do desafio para o meu aperfeiçoamento. Desta forma, quando a minha “pontuação” estiver alta o suficiente, um novo portal se abrirá para a próxima fase...


 TRY AGAIN AND NEVER GIVE UP, Aline! Afinal como diria Beto Guedes: " A lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."  

Muita luz!

Aline Caldas

11 de março de 2011

Escolhas

 








 O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar?

Pensar, pensar... pen...sar...
Cuidar do que se processa na mente, o que alimenta o coração.
Reciclar idéias, sentimentos, maneiras de ver e dizer.
Observar gestos, impulsos, vontades. Trabalhar instabilidades e atitudes.
Mesmo sujeita às circunstâncias, buscar o bem, sempre o bem (sem olhar a quem!).
Ao menor sinal de perigo, um pensamento atravessado que seja: reeditá-lo, reescrevê-lo com tinta de serenidade e doçura, mesmo sabendo que isso demanda tempo, paciência e per-se-ve-ran-ça.
Às vezes cansa, é bem verdade. Mas a sensação de bem estar, quando logramos êxito, representa que o aparente “esforço” vale à pena.


P.S-Dedico este post a Graça Hernandez (companheira de caminhada no Semeador).
Ele é fruto do que as palavras sábias e assertivas dela despertaram em mim.
Obrigada, Graça, por lembrar que “podemos mais”.
Um abraço com muito carinho!
(Orando e vigiando...eu vou!)

Abraço fraterno,

Aline Caldas


3 de março de 2011

Alma com perfume de jasmim





Recebi esse abraço no último sábado, dia 26 de fevereiro. Abraço de almas, espíritos afins que se protegem, se cuidam, se unem, atam e não desatam.

 Nós nos conhecemos em um lugar improvável, no ano de 2001, em uma lista de discussão de Fonoaudiologia na internet.

Eu, nascida no Ceará, residindo em Recife; ela de São Paulo, mas morando em Porto Alegre. Em 2002, um episódio de fragilidade física e emocional que ela apresentou, fez com que eu fosse conhecê-la pessoalmente. Foram dias intensos o que vivemos lá e que delinearam melhor o que hoje somos.
           
Um dia, ela me escreveu algo que eu poderia ter escrito. Mas isso não importa, o que vale é o sentimento que nós duas compartilhamos:

“RECONHECER os AMIGOS IRMÃOS que DEUS coloca em nosso caminho é se dar a chance de viver uma história de AMOR como a nossa. Eu tenho alguns amigos/as, mas amiga /irmã que escolhi para a minha vida e que ELE escolheu primeiro para mim, esta é , não tenho dúvidas, que é minha MANINHA.”

MANINHA é assim que nos chamamos, inspiradas pela música do Chico, o Buarque! E olha que interessante: nossos nomes tem a mesma grafia... ALINE, LÊNIA. E tantos outros detalhes atrelam em nossas vidas as "coincidências".

“10 mil histórias vividas e compartilhadas, olhares que se entendem através da TELINHA, expressões e entonações que conhecemos uma da outra quando uma palavra vem escrita de forma diferente, vida sentida e vivida a cada email, cada recado no orkut e alimentada com afeto, amor, honestidade, cumplicidade e admiração.
Somada a esta AMIZADE, abrimos as comportas de nossos corações para que este sentimento fosse também vivenciado por nossos Familiares, por nossas EQUIPES :)
Ainda permitimos que fosse além deles, e se estendessem a amigos que nos são preciosos e caros e que fazem esta corrente do bem só crescer e crescer.” (Maninha, 16 de julho de 2009)

Nossos filhos são amigos, nossos AMORIDOS são compadres, nós somos comadres, pois temos Vitor (afilhado, hoje com 1 ano e 5 meses) , que faz com que nos AMEMOS ainda mais, nos respeitemos ainda mais e nos comprometamos ainda mais, uma com a outra.

Hoje, fisicamente mais próximas, ela em Curitiba, eu em Sampa. 

Hoje, cada vez mais convicta (s) do nosso reencontro neste plano.

Esse blog foi um presente dela para mim (clique ao lado): Semeando na Nova Seara. 

ELA É UM PRESENTE, diariamente presente (desde 2001) EM MINHA VIDA. 

Para a “minha” MANINHA, o meu amor nesta canção:

“Tens o dom de ver estradas
Onde eu vejo o fim
Me convences quando falas:
Não é bem assim!
Se me esqueço, me recordas
Se não sei, me ensinas.
E se perco a direção
Vens me encontrar

Tens o dom de ouvir segredos
Mesmo se me calo
E se falo me escutas
Queres compreender
Se pela força da distância
Tu te ausentas
Pelo poder que há na saudade
Voltarás!

Quando a solidão doeu em mim
Quando o meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim

Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar

Quando os meus sonhos vi desmoronar
Me troxeste outros pra recomeçar
Quando me esqueci que era alguém na vida
Teu amor veio me relembrar

Que Deus me ama
Que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
E me diz: coragem!”


Muita luz!

Aline Caldas