Uma tarde, no consultório de minha terapeuta, fui interrogada por ela:
- Quem você mais ama nesta vida?
Não hesitei e disse:
- Eu !
Ela sorriu e comentou que, até aquele dia, ninguém havia respondido de forma tão rápida e convicta.
Se tudo começa em nós, como não ser assim?
Sempre ouvi dizer que para amar o outro, eu preciso me amar primeiro.
Levei (e levo) isso muito a sério.
O amor passa pelo respeito aos desejos, vontades e pensamentos próprios.
Fico perplexa quando vejo pessoas que perdem a subjetividade em nome de um "amor" que dita regras, que impõe comportamentos, que cerceia a liberdade.
Medo, aflição, prisão: desde quando isso é bom?
"A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos"
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos"
(Pe. Fábio de Melo)
Eu me amo muito, posiciono-me diante da vida; respeito e ouço meu âmago; SOU, FAÇO E ESTOU quando quero estar (só se por inteiro).
Detesto o morno e metade.
Certa do que me move, não tenho receio de qualquer opinião contrária.
Prezo por minha inteireza.
Por me amar, tenho buscado exercitar mais a sutileza de verbalizar o NÃO (sem culpa) quando é para mim que digo SIM.
Muita paz!
Aline Caldas