30 de janeiro de 2011

Não posso mais viver sem mim...


Uma tarde, no consultório de minha terapeuta,  fui interrogada por ela:
- Quem você mais ama nesta vida?
Não hesitei e disse:
- Eu !
Ela sorriu e comentou que, até aquele dia, ninguém havia respondido de forma tão rápida e convicta.

Se tudo começa em nós, como não ser assim?
Sempre ouvi dizer que para amar o outro, eu preciso me amar primeiro.
Levei (e levo) isso muito a sério.

O amor passa pelo respeito aos desejos, vontades e pensamentos próprios.
Fico perplexa quando vejo  pessoas que perdem a subjetividade em nome de um "amor" que dita regras, que impõe comportamentos, que cerceia a liberdade.
Medo, aflição, prisão: desde quando isso é bom?

"A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos"
(Pe. Fábio de Melo) 

Eu me amo muito, posiciono-me diante da vida; respeito e ouço meu âmago; SOU, FAÇO E ESTOU quando quero estar (só se por inteiro). 
Detesto o morno e metade.
Certa do que me move,  não tenho receio de qualquer opinião contrária.
Prezo por minha inteireza.
Por me amar, tenho buscado exercitar mais a sutileza de verbalizar o NÃO (sem culpa) quando é para mim que digo SIM. 

Muita paz!

Aline Caldas







24 de janeiro de 2011

Nem tudo nós podemos ver, escutar ou dizer.

"Para viver, nem tudo nós podemos ver, escutar ou dizer. Isso é representado, desde a Antiguidade, pelos três macacos da sabedoria. Cada um cobre uma parte diferente do rosto com as mãos. O primeiro cobre os olhos, o segundo as orelhas e o terceiro a boca. A representação é originária da China. Foi introduzida no Japão, no século VIII, por um monge budista.


       A máxima que ela implica é “não ver, não ouvir e não dizer nada de mau”. Foi adotada por Gandhi, que levava sempre consigo  os três macaquinhos, o cego, o surdo e o mudo — Mizaru, Kikazaru e Iwazaru.
      Eles ensinam a não enxergar tudo o que vemos, não escutar tudo o que ouvimos e não dizer tudo o que sabemos. Noutras palavras, ensinam a selecionar e a conter-se. Isso é decisivo para uma atitude construtiva, mas não é fácil. " 

( Texto de Betty Milan, psicanalista e escritora).

Just keep walking, Aline...keep walking!

Abraço fraterno,

Aline Caldas

19 de janeiro de 2011

Respeitar o espaço



Férias: tempo de ir ou ficar, e quem fica, por vezes, recebe.
Receber e hospedar pessoas é um ato gentil. O dia a dia se alterará um pouco, mas não é necessário fazer uma revolução.
Aquele que chega deve ter a dose de elegância para respeitar o espaço do outro. Jamais deve levar ao pé da letra a saudação tradicional: "faz de conta que a casa é sua", afinal, ela não é.
O lar reflete a identidade de quem o habita, gostos e maneiras de ser. Ficar atento aos hábitos e horários da casa, sem querer imprimir os próprios, é uma boa regra para uma convivência harmônica.
" Se receber é um dom, não incomodar é uma arte".

Muita paz,

Aline Caldas

8 de janeiro de 2011

O tempo não pára

Tenho a sensação que o dia encolheu. O tempo de hoje já não rende e  no  tic tac das horas , muitas vezes, somos "obrigados" a deixar alguns compromissos pra depois. Seguimos , desta forma,  com  a falsa sensação de que temos todo o tempo do mundo, só que ele não funciona à mercê de nós, de nossa vontade e comando.



Qual o valor do tempo? Essa indagação me remete a lembrança de um texto que li, anos atrás...ele diz assim:

Imagine-se com uma conta corrente num banco multinacional chamado Existencial, onde, cada manhã, você acorda com um saldo de 86.400 segundos, nada sendo possível transferir para o dia seguinte.
Ao final de cada dia, seu saldo é zerado, mesmo que você por uma hipótese absurda, não tenha conseguido gastar aquele momento durante o decorrer das vinte e quatro horas últimas. Todos nós somos clientes especiais deste banco. Um banco que trabalha com o tempo. Todas as manhãs sua conta é reiniciada, e todas as noites e sobras do dia vivenciado se evaporam. Não há retorno.
Você precisa gastar, vivendo no presente, o seu depósito diário. Invista, então, no que for melhor, na solidariedade, na saúde, na felicidade e no sucesso!
Faça o melhor para o seu dia-a-dia.
Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que repetiu a série ou não passou no vestibular.
Para aquilatar o valor de UM MÊS, indague de uma mãe que teve o seu bebê prematuramente nascido.
Para avaliar o valor de UMA SEMANA, pergunte a um editor de jornal.
Para você entender o significado de UMA HORA, pergunte aos namorados que estão ansiosos por um encontro.
Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a um passageiro que perdeu um trem.
Para você compreender o valor de UM SEGUNDO, entreviste um pedestre que conseguiu evitar um acidente.
E para você dimensionar bem o valor de UM MILISSEGUNDO pergunte a um atleta que recebeu a medalha de prata numa Olimpíada.
A lição de tudo acima?
Valorize cada momento que você tem! E valorize mais porque você deve dividir seu tempo com pessoas especiais, especiais o suficiente para bem "gastar" o seu tempo com você.

Lembre-se de que o tempo não espera por ninguém. 
O ontem é história.
 O amanhã é um mistério.
 O hoje é uma dádiva. E é por isso que ele é chamado de Presente.



Refletir sobre o uso do meu tempo, nestas férias, me fez perceber a importância de não desperdiçá-lo. Ciente de sua finitude, quero estar mais atenta aos pensamentos, leituras, companhias, as minhas escolhas, enfim, para aproveitar cada mi-nu-to vivido de forma consciente e inteligente.


"Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei"

Abraço fraterno,

Aline Caldas