16 de maio de 2011

Pais e Filhos

        A decisão de ser pai/mãe é de uma responsabilidade tremenda. Muitos nem se dão conta disso e ainda perguntam: “como isso pode acontecer?”.


        Durante o processo, fica claro que não basta oferecer alimentação, vestimenta, bons estudos, transportes, lazer. É preciso ter tempo para ensinar e estar aberto para também aprender. Evidente que tem gente que não percebe, nada faz, faz pouco ou quase nada. Cada um do seu jeito e ritmo.
        Lendo o capítulo 157 “Crianças” do livro Fonte Viva (Chico Xavier – ditado pelo Espírito Emmanuel), destaco dois trechos para reflexão.

      “Muitos pais garantem o conforto material dos filhinhos, mas lhes relegam a alma a lamentável abandono”.

        Em uma entrevista televisionada ontem, o ator Alexandre Frota disse a Marília Gabriela: "Até hoje não aceito o meu filho" e completou: "Cumpro todas as minhas obrigações de pai."
        Pra quem é mãe e pai (com todo o sentimento, independente se biologicamente ou não), choca o comentário. O fato de não aceitação não nos cabe julgar, mas o que seria obrigação de pai? Será que ser “pai” é fracionar o filho em prestações mensais sob o nome/significado de pensão? Não seria um compromisso muito maior? Algo que passa pelo educar pelo exemplo, dar (e receber) amor, segurança, colo, ser presença amiga?(mesmo que a distância, sem o convívio diário, em alguns casos?)
       Tem pai que é mãe, mãe que é “pãe” e existem “outros” que não se definem, nem se sentem como tal. E na ausência deste sentir como ficam as crianças? Imagino que terão duras lições pela frente. Algumas delas sobreviverão devolvendo o melhor de si para a vida, outras preencherão o vazio com os “baratos” que custam tão caro.

      “O prato de refeição é importante no desenvolvimento da criatura, todavia, não podemos esquecer que “nem só de pão vive o homem”.

       A nutrição espiritual vem do coração do pai e/ou mãe que auxilia, ampara, corrige e guia. Que possamos ser presença amável na vida daqueles que nos foram confiados; nada de abandono afetivo, sejamos abrigo moral, independente dos pais permanecerem casados ou não. A escolha pelo bem é de cada um.
       Na escola, tempos atrás, ouvi uma freira questionar os pais em uma reunião: “que mundo nós deixaremos para nossos filhos?”. Hoje, ao observar as pessoas, fatos, ao ler e ver as manchetes dos jornais uma pergunta me visita: “que filhos deixaremos para este mundo?”
       Nada como o tempo para ratificar a frase de uma campanha antiga, de conteúdo sempre atual: “Não basta ser pai, tem que participar!”. Participemos com amor da vida de nossos filhos. EU PARTICIPO e você?

Abraço fraterno,

Aline Caldas 

8 comentários:

  1. Amiga querida, q bom se este seu texto fosse lido POR TODOS PAIS! Lindo!Parabéns! bjs

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  2. Aline,

    Você bem sabe que não temos filhos, ainda. No dia que Deus nos conceder esta benção de sermos pais, peço muita sabedoria para lidar com tanta mudança. Nós crescemos e mudamos com a responsabilidade de ter um pequeno sobre nossa guarda.

    Neste momento, temos nosso afilhado que nos chegou como benção. Você sabe disto! Nosso desejo e nossas ações são para que ele seja muito próximo de nós. Não quero ser a "Dinda que só me ver no aniversário"

    Agradeço ao Pai pelos pais terrenos que ele me deu. Aprendi demais e ainda aprendo com eles. Minha fortaleza. Meu tudo!

    Boa semana pra ti!
    Beijos, Laine

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  3. Participo SIM e você vem acompanhando bem este participar.

    Beijos de texto que cabe bem sobre nossa conversa de ontem.

    Grande beijo

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  4. Querida Amiga,
    Tenho "orgulho" ao te responder que SIM! Apesar de achar que em várias ocasiões fui muito dura com eles, hoje colho os doces frutos desse orientar, cobrar, compartilhar, cobrar, amar, cobrar...
    E mais feliz ainda quando vejo a minha filha replicando, aperfeiçoadamente, com os meus netos, o modelo de educação que recebeu. Obrigada ao meu Deus e meus anjos por terem orientado os meus passos, e aos meus pais que me serviram de modelo.
    Beijo grande e obrigada pela oportunidade de tão importante reflexão.

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  5. Comadre amada
    eu respondo que sim, mesmo longe dos olhos tento participar, orientar, o amor fala sempre mais alto que qualquer distancia. Meus filhos são tudo na minha vida, amor maior.
    beijos de muito amor
    e como vc me faz chorar....

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  6. Este post tem muito a ver com o momento em que estou vivendo.
    Não sou mãe ainda, mas estou há um bom tempo gerando o meu filho, pois estou em processo de adoção.
    No meu caso tenho muita certeza que pais são os que criam (com amor e responsabilidade)
    A frase do Chico é certeira. (tenho este livro tbm)
    Digo sempre que buscarei fazer de tudo para dar boas "ferramentas" para meu filho (ou filha) para que ele (a) possa usar da melhor maneira possível. Penso que os pais devem guiar seus filhos pelo caminho do bem, mas se estes não o seguirem temos que ter o entendimento que cada um tem seu livre arbítrio. (na prática não é fácil, mas temos que pensar, elaborar, fazer o melhor para qdo chegar o momento não sermos pegos de surpresa)
    Não podemos pecar por omissão.
    Sou muito grata pelos pais que eu tive, pois penso que eles foram os melhores pais que puderam ser.
    O Amor se manifesta de muitas formas.
    Com certeza não é pelo talão de cheques.
    Simplicidade é uma forma de amor que valorizo.

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  7. Amiga,
    Tenho participado sim e essa participação me deixa à margem de alguns projetos profissioanis, mas me deixa a par do meu projeto espiritual que escolhi junto com eles antes de reencarnar. Claro que com muitos, muitos erros ainda. Não é uma missão fácil, mas é uma benção de Deus!
    Bjs

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  8. @Andie: Grata pelo seu carinho, amiga! Bj

    @Elaine: A sabedoria e o amor você já exercita muito bem. Quando o bebê chegar já terá uma linda mãezinha a espera ;)

    @Lênia: Sempre juntas, MANINHA!

    @Regina: A "dureza" (sob forma de limite) é puro amor disfarçado.E ver sua educação sendo reproduzida de forma aperfeiçoada? Que benção, amiga!

    @Comadre: Sou testemunha da "pãe" que és. Tenho orgulho de você!

    @Alba: Ser o melhor que se pode ser é um excelente começo para ser mãe!;)

    @Ana: Certamente a mais bela missão que podemos receber Dele...bjs

    Meninas, obrigada pela companhia!

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