23 de fevereiro de 2011

Não esperes pelos outros...

                                           Foto:  http://br.olhares.com


"Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado..."

EMMANUEL - (Do livro "FONTE VIVA",  70, FCXavier, FEB)

Essa passagem lembra a condição íntima de Cristo: Ele estava . Ele se deu, doou sua vida por amor a todos nós e nos deixa livres para fazermos nossas escolhas (livre arbítrio).

Amor e liberdade, que bonita lição.

No entanto, muitas vezes é na perspectiva da posse que amamos: “meu” namorado, “meu marido”, “meus” filhos, “meu” isso e aquilo. Em outras palavras: “minha propriedade”. Será que quem é dono aprende a amar?

Quando coloco em primeiro lugar as minhas vontades, fecho o lugar para as nossas. Isto é amor? Evidente que não!

Amor rima com doação, com desprendimento, com compartilhar e cumplicidade. Amor é par, não ímpar.

E a solidão é de fato tão ruim? Depende, eu diria.
Por que se pararmos pra pensar, veremos que de fato “somos sós”.
Nascemos e morremos como afinal?

Na reforma íntima, a busca é solitária. Ninguém pode mudar ou melhorar por mim. Só eu.

Posso estar em um grupo, rodeada de pessoas com interesses similares, mas cada uma delas tem a sua velocidade, o seu momento, a sua história e grau de evolução. Cada uma segue o seu próprio caminho. Com esta consciência, devo entender que não posso e não devo cobrar que ninguém me acompanhe no meu ritmo. Respeitar é entender que tudo pode prosseguir bem, mesmo diante das diferenças.

Quantos grupos já passaram/passam ao longo da minha vida? (e da sua? Reflita aí!) Grupo familiar, da escola, do bairro, dos esportes, da faculdade, de noivos, de casais, de pais, de amigos, de estudos... Companheiros de um tempo, companheiros de uma jornada.

“Todos os dias é um vai e vem, a vida se repete na estação. Tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais...”

“A hora do encontro é também de despedida” 

             Que eu perceba e exercite, na solidão necessária  e benéfica, o amor que cuida, ampara, sustenta, comunga e se de-sa-pe-ga como que “se despedindo” (PENSE numa coisa difííííícil e doída de fazer, confesso) para que no momento do adeus, que nunca sabemos qual será, não haja espaço para remorsos, culpas, ressentimentos.  Que exista espaço e tão somente para laços que separação nenhuma acaba: os laços de amor. 

Abraço fraterno,

Aline Caldas

4 comentários:

  1. MANINHA, o post de hoje me caiu como luva.

    Beijos de ler e reler o mesmo,será meu exercicio, para os próximos dias.

    AMO VC!

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  2. Amiga, que reflexão profunda. É bom pra nos fazer (re)pensar nossa existência.
    Obrigada por compartilhar. Beijos,Laine

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  3. Querida Amiga, "de-sa-pe-go" foi uma palavra do seu texto que me tocou com intensidade e me fez lembrar de uma autora que gosto muito, Iyanla Vanzant que diz: "Desapegar-se significa tomar a decisão de não alimentar a raiva, de não guardar ressentimentos, de não se prender a desejos de vingança. Desapegar-se significa abrir o coração, sabendo que para tudo há uma explicação..., que talvez você nunca conheça... Hoje, dedique-se a se soltar, a se libertar e a se deixar fluir... Pois o desapego é o maior instrumento de libertação."
    Que a nossa busca diária e contínua nos conduza a tudo que você tão bem resumiu na sua reflexão.
    Abraço fraterno,
    Regina

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  4. @Lênia (MANINHA): Já nem me impressiono mais com tanta sincronicidades em nossas vidas. Ajude-me também neste exercício. Sempre juntas, ok?

    @Elaine:Amiga, agradeço sua leitura e palavras que me impulsionam sempre a observar mais!

    @Regina: Querida amiga e companheira de estudos, obrigada pelo compartilhar do pensamento. Necessário é o desapego para que possamos nos sentir leves. Vamos nos dedicar! ;)

    Abraço forte, meninas!

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